NAPOLEÃO LIMA, Elisabete¹; ZANONI DA SILVA, Milena²
1- Enfermeira, doutoranda em Ciências da Saúde, EEUSP, São Paulo, SP.
2- Doutora em saúde coletiva, UEL, Londrina, PR. Professora Adjunta, UFPR, Paraná, PR.
RESUMO
A síndrome de ovários policísticos é uma patologia que afeta de 3 a 6% das mulheres em idade reprodutiva, sendo responsável por sintomas que podem desencadear o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, baixa aptidão física e qualidade de vida precária. O uso de anticoncepcionais hormonais orais é o tratamento preconizado pela medicina convencional, porém, muitas mulheres sofrem com os efeitos colaterais e procuram por alternativas mais naturais.
Dentre estes, as essências vibracionais florais constituem-se como potencial recurso complementar na amenização dos sintomas da síndrome. Os objetivos deste estudo foram: verificar o impacto das essências florais vibracionais nos sintomas associados à síndrome de ovários policísticos, identificar sinais de amenização dos sintomas e avaliar a eficácia das essências florais utilizadas. Estudo em forma de relato de caso, realizado de fevereiro a junho de 2018, com encontros mensais para avaliação e entrevista semiaberta.
Os resultados evidenciaram melhora nos sintomas: sensação de inchaço, cólicas, amenorreia, enxaqueca, cansaço. Houve efetividade no uso das essências florais no equilíbrio dos sintomas e na regulação do ciclo menstrual.
INTRODUÇÃO
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma endocrinopatia de causa multifatorial e ainda indefinida que afeta de 3 a 6% das mulheres em idade reprodutiva, caracterizando-se pela presença de numerosos cistos foliculares, anovulação persistente, obesidade, hirsutismo, oligomenorreia frequente ou amenorreia, virilismo, anormalidades hipotálamo-hipofisárias, aparência policística dos ovários à ultrassonografia pélvica e resistência insulínica.¹⁻³ A persistência dos fatores de risco pode desencadear doenças cardiovasculares e metabólicas, além de baixa aptidão física.⁴⁻⁵
O tratamento usual é realizado à base de anticoncepcionais hormonais orais a fim de restaurar o ciclo ovulatório e reduzir as manifestações do hiperandrogenismo.³ No entanto, há desvantagens quanto ao seu uso, tais como maior dificuldade de perda de peso, impossibilidade de gestação e efeitos adversos como sintomas gastrointestinais (diarreia e náuseas).⁴
O descontentamento quanto aos efeitos colaterais tem levado mulheres em busca de terapias mais naturais.
A medicina vibracional surge como uma ferramenta complementar, com as essências florais e os Biofactores, que são produtos aquosos obtidos a partir de buquês de essências florais e com tecnologia baseada na física quântica.⁶
Fundamentar a efetividade das essências florais vibracionais como recurso terapêutico nos sintomas da SOP é um processo significativo para uma opção de terapia mais natural e sem efeitos colaterais.
Foi considerada a seguinte questão de pesquisa: Qual é a efetividade das essências florais vibracionais nos sintomas da síndrome de ovário policístico? Os objetivos do estudo foram: verificar o impacto das essências florais vibracionais na regularização dos sintomas associados à síndrome de ovários policísticos, identificar sinais de amenização dos sintomas da síndrome de ovários policísticos apresentados pela participante do estudo, avaliar a eficácia das essências florais vibracionais utilizadas no estudo.
MATERIAL E MÉTODOS
Relato de caso em quatro etapas:
a) Delimitação da unidade-caso;
b) Coleta de dados;
c) Seleção, análise e interpretação dos dados;
d) Elaboração do relatório.⁷
A participante do estudo tinha 24 anos de idade e diagnóstico médico de SOP. Estudo desenvolvido no período de fevereiro a junho de 2018, com consultas mensais, nas quais eram feitas avaliações sobre o estado de saúde da participante.
O protocolo constou das seguintes essências florais:
– G-Limbicus (Fisioquântic, Maringá, PR, Brasil);
– G-Mather (Fisioquântic, Maringá, PR, Brasil);
– Douvitta (Fisioquântic, Maringá, PR, Brasil);
– Primavita (Fisioquântic, Maringá, PR, Brasil).
Quanto às posologias, foram recomendadas: 10 gotas, três vezes ao dia de cada essência floral. A voluntária foi orientada a pingar 10 gotas de cada debaixo da língua, nos períodos da manhã, tarde e noite.
A coleta de dados foi realizada mensalmente com ficha de avaliação e entrevista semiaberta individual com a questão: ”Fale-me sobre como você se sente a respeito da terapia que está sendo realizada”. A participante assinou o termo de consentimento livre e esclarecido em duas vias. A análise dos dados baseou-se nas narrativas das entrevistas semiabertas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CL. N. L., 23 anos, solteira, secretária, natural de São Paulo. Diagnosticada com SOP desde os 17 anos. Relatou fazer acompanhamento médico a cada seis meses, com uso de anticoncepcional. Desconfortos: sensação de inchaço, enxaqueca e náuseas ao menos três vezes por semana, cólicas e amenorreia há 3 meses, desânimo para as atividades diárias. Foi recomendado o uso das essências florais vibracionais. A evolução da interagente, após início da terapia, encontra-se no quadro
abaixo:
Mesmo com pouco tempo de uso das essências florais (4 meses), houve melhora dos sintomas. Na primeira semana de uso dos florais, LNL deixou de ficar acamada grande parte do dia por conta das cólicas abdominais que sentia diariamente. A menstruação, que há 3 meses não acontecia, reapareceu no segundo dia de terapia, deixando-a com a sensação de alívio e mais animada, pois há um tempo vinha sentindo-se deprimida com sua situação.
Estudos apontam que mulheres com SOP têm maior propensão a desenvolver ansiedade e depressão, o que pode estar associado à maior liberação do hormônio testosterona na corrente sanguínea e ao fato de sentirem-se diferentes da imagem de mulher que é cobrada pela mídia e pela sociedade, fazendo com que tenham a vontade de se retirar da vida social.⁹
As náuseas desapareceram após o segundo mês de terapia com as essências florais, assim como a dor que sentia na palpação do abdome. Quanto a este, o intumescimento foi cedendo gradativamente, o que a deixou bem mais contente com os resultados.
A ausência de enxaqueca foi outro grande alívio em sua vida, uma vez que desencadeavam indisposição e, muitas vezes, mau humor, conforme relatou em entrevista. A cada mês foi possível perceber a melhora dos sintomas, e o aumento da disposição e do ânimo referidos podiam ser vistos em cada encontro mensal.
Sendo assim, os resultados deste estudo corroboram a eficácia das essências florais vibracionais como terapia complementar para amenização dos sintomas associados à SOP, abrangendo aspectos fisiológicos, psicológicos e comportamentais.
CONCLUSÃO
Houve melhora gradativa nos sintomas da SOP com o uso das essências florais vibracionais, culminando com respostas efetivas na regulação do ciclo menstrual.
Ainda se observa a necessidade de mais estudos relacionados ao uso das essências florais vibracionais como terapêutica complementar nos sintomas da SOP, a fim de que a compreensão sobre este fenômeno seja ampliada e haja enriquecimento da prática terapêutica baseada em evidências.
REFERÊNCIAS
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